(Um sonho da Laurinha das Résteas que virou conto devidamente ficcionado, claro!)
Chovia. O barulho das gotas, quentes e grossas de encontro à vidraça dominava o ambiente. Raramente chovia no Verão, mas o clima andava trocado.
Cerrou os olhos e tapou-se com o lençol!
Não conseguia ouvir o barulho da chuva, porque desde criança perdera totalmente a audição, mas imaginava-o: tuc, tuc, tuc, tuc, tum, tum, tum, tum!!!!!
Mas o som imaginado já não parecia de chuva a bater mas sim de rufar de tambores! Lembrava-se desse som porque quando criança tinha assistido a uma dança tribal africana!
Intrigada, destapou-se e viu-se num grandioso quarto de paredes de pedra!
Estaria sonhando? Beliscou-se e doeu! Não estava a sonhar!
Já não estava no seu quarto e... ouvia! Conseguia ouvir!!!
Será que estava a viver agora e aqueles tempos estranhamente modernos eram sonhos? Será que vivia duas vidas sem o saber?
Bateram à porta! Entraram duas aias apressadas e criadas carregando uma tina de água fumegante!
“Depressa, senhora! Está atrasada! Adormeceu!”
“Mas.. atrasada para o quê? Onde estou?”
Riram-se
“Senhora, senhora! Sempre brincando! Despache-se, minha senhora, porque o senhor, nosso príncipe vai partir com o exército e como é natural, quer a sua presença”.
Era uma princesa!!!! Tudo o que as meninas sonham! Ela era uma princesa das verdadeiras! Não queria perder aquilo por nada! E não fosse tudo um sonho saiu apressada da cama antes que acordasse. Desnudou-se, banhou-se, vestiu-se e acompanhada pelas damas de serviço dirigiu-se para o enorme pátio do castelo!
Tudo era enorme, tudo era grandioso!! Esperando por ela estava o senhor, seu sogro e Rei, a senhora, sua sogra e Rainha... e um belo jovem, alto, garboso e com um ar terrivelmente apaixonado!!!
Por ela!!!!! Por ela!!!!!!!!
Só podia ser um sonho!
Tinha os cabelos negros cor de corvo, os olhos de um verde claro, uma pele curtida pelo sol, uma cicatriz na testa, provavelmente de algum combate, e vestia uma armadura reluzente, polida por areia que brilhava ao sol, quase ofuscando todos os outros soldados e oficiais que se perfilavam por trás de si!!
Havia outras jovens.
Infantas, aias e mulheres do povo. Todas bem vestidas e já com lágrimas de saudades por ver os seus homens partir para o campo de batalha!
Contra o protocolo o príncipe saiu do seu local, desceu do seu negro e belo puro sangue e agarrou-a!!!
Como se o mundo acabasse beijou-a dizendo-lhe belas palavras de amor ao ouvido!
Derretida de paixão correspondeu e viu-se a deitar lágrimas de saudade!
Partiram no meio de rufar de tambores e cânticos de guerra.
Recolheu aos aposentos.
Ficara cansada e esgotada pela emoção.
Deitou-se sem se despir.
Fechou os olhos... quando os abriu viu o marido, baixo, gordo, careca e peludo, a levantar-se despindo o pijama enquanto coçava o baixo ventre dirigindo-se ao banheiro.
Tudo passara de um sonho. De um belo sonho!!!
Ou estaria a viver agora um pesadelo?
terça-feira, fevereiro 09, 2010
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49 comentários:
ahhhh, está glindo, mas se por acaso encontrares o meu principe, diz-lhe onde estou, ele deve ter-se perdido de mim, ou antes; perdeu-me o rasto...
Imaginas se fosse verdade? e que bem me soube ler aquele bocadinho em que ele
((Contra o protocolo o príncipe saiu do seu local, desceu do seu negro e belo puro sangue e agarrou-a!!!
Como se o mundo acabasse beijou-a dizendo-lhe belas palavras de amor ao ouvido!
Derretida de paixão correspondeu e viu-se a deitar lágrimas de saudade!))
Bem, hoje de certezinha que deve vir num puro sangue de marca BMW ou coisa parecida ou uma Harley Davidson...até pode vir montado no rocinante da história do Sancho Pança e dom Quixote de La Mancha, mas quem dera que aparecesse!. Curava de vez das dores do joelho com tanta ginástica que iamos fazer, ehhhhhhhhh
E já tinha companhia para surfar as ondas com o meu surfista, enfim...
Cada um vem para a sorte que tem. nada mais certo, e eu que o diga. Adorei,a dorei, amei,e stá lindo, por vezes parece que estou ali retratada, aquela aprte das aias me darem banho; nannaninaná...nunca gostei, nem nos tempos de antes...
provavelmente, estaria agora a viver um pesadelo sim...
Bolas, o meu prinicpe deve ser mouco como a mim, calhar tamém precisa de um surfista daqueles...
Não sabes onde o encontrar? vê lá se ele aparece ó roderick e dá-lhe aminha morada, mas, pensando bem, mal vale namora rpor aqui que na minha casa já me chamavam nomes feios...sabes como é...
Mas ao menos que o gajo principe (sem orelhas de burro) seja senhor de teres e haveres, para pobre basta o meu feijão verde...
Isto anda paradinho, bolas... já aparecem as melgas daqui nadinha..
Olha, laura. Encontrei a morada dele, mas encontra-se de férias em parte incerta! ehehehe
És casada com um Feijão verde????
desde criança nunca gostei de feijão verde!!! A minha avó dava-mo disfarçado na sopa!!! ahahahah
Cabeça no ar????
Mudaste o nome ao blog?????
As melgas dormem! zzzzzzzzzz
Lindo conto.....haja imaginação...
Mas laurinha agora só te resta viver um pesadelo, pois deixaste o principe lá no sonho.......não sabias tê-lo agarrado e trazido contigo??????
Quem sabe ele não teria uns irmão tambem bonitos para nós as tuas amigas......ahahahhahahahah
Como é bom sonhar......
Beijokitas Roderick, gostei.
Parisiense, naquela altura os principes tinham carradas de irmãos. Arranja-se qualquer coisa, descansa!
Há sonhos coloridos demais para serem verdade... mas nem tudo são pesadelos!
Gostei de ler estas conversas (in)uteis
Nino roderick, nem acredito nessa do feijão ver a gosto. Criançada detestava feijão verde... ah havia quem lhe chamasse vaginha (ahhh mais uma letrinha e tá a treta acabada ehhh) na Madeira...
Parisiense; que queres, nos sonhos tudo acaba, mas quems abe mais logo ele volta ao sonho e dai, prendo-o com uma corda pla perna, perna ou pernas? ahhhhh
Fa menor. Já fui a um dos teus blogs e gostei muito. Depois vou ver com mais calma!!
Bem vindo ou bem vinda, ainda não sei.
Laura, se o feijão verde fosse vagin"h"a eu gostava de certeza. ahahahahah
esta foi má!
Laura. E ainda acordas na cama com o teu marido e o principe atado a uma corda. ahahahaah
Granel!!!!!!!!!!!!!
A melhor parte do sonho é que pode ser revivido muitas vezes, mesmo depois de acordamos ao lado de um ogro. :)
Há há algo de ficção, por enquanto, espera-se que deixe de o ser. Porém, o conto está perfeitamente a preceito.
Há bastente tempo, por motivos da senha, deixei de poder postar no blogue primitivo, onde deixaste comentário.
Se o desejares, para entrar no actual, clica em Daniel Costa, acima.
Daniel
Pois é Senhora! E pelo que sei a Laura sonhou várias vezes com isso!
Ok, Daniel obrigado. daqui a pouco tens-me lá!
Ah, sonhos de príncipes (encantados?) são muito comuns entre as mulheres. A dormir ou acordadas!
Depois, quando olham para o lado, não ficam muito animadas...
Caraças, do que é que servia um garboso cavaleiro que dissesse lindas palavras amorosas e depois, de armadura reluzente, partisse para a guerra???
Bom fim de semana para ti!
Teté, não estás a ver bem a questão. É que se o principe sobrevivesse à guerra vinha com um rico espólio!!!
Ah coitado do Manel da Laurinha! Baixo, gordo, careca e peludo, a coçar o baixo ventre!... Oh balha-me, Laurinha... isso é assim tão mau?!?!?!... Mas que seja!... Então faz assim, Em vez de trazeres o príncipe do sonho, fica tu no sonho. Assim não corres o risco de acordares com o príncipe atado pela corda e o Manel a coçar as partes com uma mão e a careca com a outra perante a cena sem saber que fazer à vida.
Bem trabalhado Roderick!!!... Já por aqui li outros escritos de que gostei. Como diria a minha filha para o meu marido quando viu os primeiros trabalhos dele, trabalhos de pintura... "Tens jeito para a coisa!..."
Um abraço e fica bem com a tua princesa Ana e vossa descendência.
Girassol, obrigado, se bem que estes não são bem os meus primeiros trabalhos, mas, faz-se o que se pode...
Os contos com príncipes e princesas são sempre lindos !
Pode ser que a Laurinha encontre um princípe agora no carnaval...se for mascarada de princesa....
Obrigada, Roderick, pela tua informação sobre o poliglotismo. Fui preguiçosa e não fui ao dicionário para confirmar. É uma palavra que faz parte do novo vocabulário, chamado neologismo, porque o meu velho dictionário francês (que data de Mathusalem, do tempo em que eu estudava greco antigo e latim ...) não faz menção desta palavra. Já agora sabias que poliglota vem do grego Polys(vários) Glôtta (línguas), razão pela qual se escreve em francês polyglotte ?
Se voltares para me visitar e que quiseres corrigir os meus erros em português, estás bem-vindo mas vais ter muuuuuuito trabalho, porque raremente me dou ao trabalho de ir confirmar no dicionário porque se assim fizesse, ficava caladinha e não escrevia nada :))
Já agora, sou un pouco poliglota e muito "pipelette" ! Conheces o significado desta palavra francesa ? Significa "tagarela" !
beijinhos verdinhos
Belo conto
Saudações
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, imaginei outro final.
Tinha que ser um marido baixinho e gordinho que se coça ao levantar?rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsr, pesadelo purinho.
Querido, um beijo de cá.
Ahhh, nina tété, ele foi para a guerra no sonho e eu estava ao lado dele a ouvir a musica que a guarda tocava em cornetas e tambores, o pessoal em redor de um enorme redondod e pedra, vulgo poço para baixo, mas sem água, e todos os cavaleiros com a sua dama ao lado, e eu ao lado do meu, ouvia a musica tão bem, mas tão dolorosa, seria verdade que já vivi isso na realidade? acredito que sim... lembro-me do sonho, e tinha o coraçãozinho tão aflito e angustiado e sonhei esse sonho vezes sem conta, já em Luanda...se ele voltou? nunca o saberei...
Senhora, apesar de sonhar imensas vezes, ainda era solteirinha quando tinha esses sonhos, e o meu manel nem é tão mauzito assim, é bom rapaz, não é careca, nadinha, tem cabelos pretos e poucas brancas, só é tipo ervilha ou feijão verde, ejjhhhh a invenção do roderick é que o pôs peludo gordo e...balha-me, mas que rapaz este...beijinho da laura.
Nina das flores do sol; valha-me deus, mas que confusão prá qui vai...nino roderickkkkkk, anda tudo aflito cas partes baixas, ca careca do homi e sei lá que mais...ahhhhh, mas deix alá nina girassol, sonhos sonham-se e por vezes nem se realizam e ainda bem, mas este foi sonhado ha muito e aind ame lembro dele, o roderick descreveu à maneira dele, mas, na realidade era bem diferente...eu sofria naquele sonho, muito, porque ele ia para a guerra e não sabiamos se voltaria e tinha de ir, como todos..calhar é aquele que me aparece agora em sonhos e me leva pelos ares, me arrebata e enche de sonhos e desejos loucos...quem sabe, e que lindo que ele é...
Ma blonde, verdinha: ai credo, um principe falso? um principe adornado de máscaras sem ver o interior dele (perdão, refiro-me ao interior do interior) mau, lá voltamos ao mesmo, quero dizer a parte afectiva e mais nada, nada de mais lá pra baixo, ali em cima no lugar do coração, é isso ai minha gente...
E se não sabes ficas a saber...deve ser por ser surda, mas isso vai acabar, é que tenho pavor às mascaras de carnaval ou no teatro ou lá onde for, eles seguem-me e eu reviro os olhos, mas fçod e conta que nem é comigo, mas, olho-os plo canto do olho, e que nervoso...beijinhos..
Verdinha (Assim é mais fácil, do que "Je vois la vie en vert et comme ci et comme ca").
Francês não é lá muito comigo, el menos falado. Agora ler compreendo quase tudo, ou se falarem comigo. Escrever é que é mais complicado.
Tenho esse horrivel defeito de emendar o português,mas não sou perfeito. Longe disso! Beijos
Artur, obrigado!
Rose, que final imaginaste? Posso fazer um conto alternativo!
Beijo do lado de cá! Se olhares bem ele já vai no meiinho do oceano!
Roderick, já somos dois a achar mais fácil escrever o tal jesuitpass, cest la vie, verdinha e chega...
Emendar todos queremos emendar...
Beijinhos mas já tens comentários aos montes...bom fimd e semana, eu vou por a embrulhada que a verdinha diz que a mãe dela põe nos joelhos, a argila e a ver se aquilo faz bem...mais logo volto cá..laura..
Laura, o vulgo poço sem água que existia em certos castelos, alguns pertencentes à ordem templária, são o que se chama vulgarmente poços inicáticos. Existe um na Quinta da Regaleira, em Sintra. É fantástico!
Mas de certeza que no teu sonho o poço não tinha água? É que isso é um pormenor interessante e de certeza que não sabias isso!
Diz muita coisa esse pormenor!!!
Laura, se a argila seca ainda ficas com a perna engessada. ahahahah
Atenção a todo o mundo. Eu não conheço o "Manel" da Laurinha! Essa parte foi pura ficção no meio de toda a ficção que é o cnto!
Bem, eu começei a ler e estava a estranhar. Não podia ser um conto tão certinho assim. Claro, quando cheguei ao fim desatei a rir. Assim , sim! Já eras tu e os teus contos!!
Fazes-me lembrar o meu querido avô. Contava histórias assim como tu. Cada vez que ele começava algo muito "direitinho", todos ficavam na expectativa de qual seria o final, a minha avó inclusivé, que a meio da história já lhe dizia qualquer coisa como: "Vê lá o que vai sair daí!!!!!!"
EXCELENTE!!!!
Bom fim de semana para vós. :)
Não, o poço não era um poço, mas nem sei como te explicar, ora atenta e aguça a sabedoria e ouve a minha explicadura...
Um enorme salão, com pedras a separar, a fazer de paredes, não de todo fechado, digamos que era como um pátio mas num primeiro andar, à volta do dito poço, as tais pedras a fazer um muro ovalado, mas, atente-se que, dava para o andar debaixo, que tinha um enorme salão ou seja, era apenas um poço a fingir em cima, como num prédio que tem escritorios e sobes as escadas e do andar de cima ves as pessoas a andar no andar debaixo, nada de água nem de pessoas, só nós,os cavaleiros e as suas damas, todas vestidas de branco, braços caidos ao longo do corpo, ao lado do homem amado...era assim..entendes..por isso não acordava ao lado do feijão verde, porque no tempo dos sonhos era uma garota dos meus 13 15 anos... eram soldados de Elite..sempre adorei ler sobre os cruzados, os cavaleiros da Távola redonda, fascinam-me muito muito...A busca do santo Graal, enfim, a historia foi por outro lado e o sonho, idem...
Bom diaaaaaaaaaa. E por causa do sonho, da história, fiz uma belsisima poesia...Beijinhos e um feliz dia, é sábado, dia de sair, de comprar, dar um giro, amar, viver... adoro a ti...mucho, mucho..gracias por tu carinho..laura.
Laurinha suspirando baixinhooooooo... Minha nossa, e não é que os cavaleiros andantes desapareceram? cala-te boca!
E nem há um cavaleirozinho beneditino a dar umas palavrinhas mais ternas?
Ai moço roderick, vim aqui a correr a ver se o mê cavaleiro andava por aqui, é que apareceu um princepê, lá no resteas, e nem te digo..o rapaiz diz que é o mê princepezinho!...e agora? que faço? que desfaço? que laço? ai, porra homi, nem sei que faça memso...ai ajuda-me ai...
Ele diz que não tem blogue, entendo que queira salvaguardar a sua privacidade, imagina se tem a princêpá que vem atrás de mim de bassourinha de píaçaba? ai minha nossa...ajuda aí mê'irmão. mas que ganda confusão...
Moço roderick, onde tás, ó meu marmanjo que na te encontro. andas no arraial na rua? e eu aqui aflitissima sems aber que faço que na faço, bolas, vim ver se conheces o marmanjo que se diz o mê principe, bolas, suo que nem malagueta assada... e agora, agorinha que faço, ou antes! tu é que desencantaste o conto e as forças encontraram-no e ós pois como vais er? ai desenrasca-te mas vê se sabes quem é, xi, olha se tem muié, alguma dona urraca lá das espanhas e já sabemos que de espanha nem bom vento nem bom casamento...
Vim ver se o princepê já deu à costa, mas deve andar lá plos algarves... a ver se pesca mais uma alarve...
Beijinho de boa semana!=)
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