Louca de cansaço ia, ainda moça, para casa
O dia não tinha corrido de feição
o trabalho acumulava-se e o tempo era escasso.
Aqueles que ela julgara amigos, irmãos,
afinal não eram o que são
não eram o que julgava,
o que pensara, o que imaginara
Criticas, conversas, bichanices, tramóias
tudo a cansava nesta vida cheia de regras, leis e hábitos.
Abriu a porta, como abrira milhares de vezes
Entrara em casa como o fizera vezes de milhar
Pousou seus pertences e começou...
A máquina de lavar colocou a trabalhar,
enquanto não esquecia de preparar a roupa de seu filho
Pelo canto do olho observou as decorações de Natal
Terminou o que fazia e foi limpá-las não esquecendo de as arrumar
Estendeu a roupa que deixara lavada pela manhã
O filho entretanto requeria a sua atenção
Preparou o jantar familiar
e alimentou a criança
entretanto o marido mastigando pedaços de alimento
observava com olhar vazio
as imagens que corriam na tv
Terminaram, levantou a mesa e continuou
Levou o menino ao quarto
Com um beijo despiu aquele pequeno corpo e vestiu-o para dormir
A máquina da loiça após estar bem cheia entrou no ritmo
no som musical dos aparelhos domésticos funcionando
Abriu a porta de casa
como já o fizera milhares de vezes
Na mão levava os restos do dia anterior
O lixo que sobrara da sua vida
Despejou-o na conduta do prédio
como se deitasse fora o cansaço na sua vida
Voltou e tornou a entrar em casa
Como entrara centos de milhar de vezes
Preparou a árvore de natal para o ano anterior, guardando-a
Como seria bom se o Natal fosse todos os dias de sua vida
Na despensa colocou os enfeites, brilhantes, de Natal
e foi-se deitar, cansada preparada para outro dia de sua vida
Ainda teve tempo,
enquanto ouvia no quarto ao lado o barulho do sono dos justos de seu filho,
de ouvir o seu marido dizer:
Hoje tive um dia muito cansativo, nem imaginas!
Olhou fixamente para ele.
Sem dizer uma palavra,
virou-se para o outro lado e... adormeceu!
Robô Selvagem | Crítica
-
No dia 10 de outubro, chegou aos cinemas brasileiros “Robô Selvagem“, uma
adaptação do livro de Peter Brown, dirigida por
O post Robô Selvagem | Crítica ...
Há 8 horas
46 comentários:
estudos indicam que a mulher trabalha muito mais do que o homem devido à acumulação do trabalho fora e dentro de casa
Com certeza nossa carga horaria é bem maior do que a de voces,além do trabalho fora ,temos a administração do trabalho domestico,mas sempre sobra um tempinho para diversão!
tenha um lindo dia!
Querido amigo,
Depois venho ler... Agora venho só avisar que a Laurinha tem boas notícias no blog dela. Quando puderes vai lá. Estou tão feliz!!!!!
Beijinhos de Amor e Luz!
olha olha olha.....eu faço isso tudo e não sou mulher!!!!
um texto rápido sem respirar....
relativamente à Árvore de Natal, adaptei-a como elemento decorativo da casa...está muito Kitch e muito riginal...decidimos que fosse nossa acompanhante para todo o sempre.
Um abraço grannnnnnnnde
RPM
Teresa, são uma mártires. ahahah
E os homens que também fazem as lidas da casa?
Adriana, eu ajudo a minha mulher quando chego a casa. Quando um acaba, o outro termina.
Mas há homens e homens, claro!
Angel, já la fui. O meu muito obrigado!
RPM, não digas. Também dás banho ao filhote? Pelo que sei não tens filhos!! eheheheh
Rui, a Ana está com uma ideia parecida.
Quer arranjar um ramo de arvore, forte e com galhos, pintá-la de prateado, colocá-la num vaso e ficar a enfeitar durante o ano!
Menino... Um homem escrever isso é uma delícia! :)
Agora, me diz: porque o seu blog nunca aparece atualizado no meu?!
Beijinhos
Querido amigo... enviei-te e-mail para o charco...hihihi...
Beijinhos de Amor e Luz!
Senhora, tem a ver com os feeds. A Bat já me deu as instruções, mas eu ainda não fiz, para ver se resulta!
Angel, logo vou ver isso. Beijos
Esse é um retrato mais que justo do que é a vida de muitos casais....e por muito que se mude as atitudes acho que dificilmente se mudam essas dentro de casa......
Beijokitas
Quantas, quantas vidas assim! Um texto de denúncia. Gostei muito. **
Não sem ter dito.... para fora ou dentro (eu diria para fora, porque não?)....
Puta que te pariu rapaz!...
Ehhh, desculpa a asneirada, mas, foi o que disse quando acabei de te ler, puta que o pariu sim..há muitos que merecem ouvir isso, ou antes, merecem um chuto no cú e bem dado....bolas...
Parisiense, é verdade. Felizmente hoje os casais já nã são tanto assim.
Vida de Vidro. Quando escrevi isso não era para ser texto de denuncia, mas se o consideram assim... tanto melhor!
Eh, Laura!! Essa foi valente! ahahahah
Calma que o homem do conto não sou eu, nem por sombras.
ahahahaha
Fizeste-me lembrar o poema do Gedeão "Calçada do Carriche" - Luisa sobe, sobe a calçada... :)
Não sei como é nas outras casas portuguesas, mas na minha não é nada assim. Felizmente, porque não nasci para "fada do lar"! Na maior parte das casas que conheço, também não. As que foram ou são, normalmente acabam mal... (que é como quem diz em separação ou divórcio!)
Como diz o ditado, "mais vale só que mal acompanhada/o"!
Mas gostei do texto!
Beijocas!
Eu me vi nesta menina! =D
Você tem toda a razão. A adolescência foi a fonte da minha inspiração.
=]
Teté, pis é. Mais vale só que mal acompanhado.
Naty, viste-te nessa menina????
Tens de falar com ele, rapidamente!
Por agum motivo a estatística de divóricos em Portugal anda tão alta...
Meu querido roderick, ando num vaivém desenfreado que parece que vou para Marte, amanhã d emanhãzinha... é coser bainhas dos pijamas do robe que não tinha quentinho, só de sedas e gelados, ehhh, e claro que sei que o homem não eras tu. Nunca me passou pla cabeça, mas diz lá se não era o que merecem os que assim procedem? são todos, quase todos, bolas, queriam marias a troco de nada e com serviço completo? pois é e de novo P que os pariu ehhhhhh, que mal ediucada mas com a razão aos molhos... té mais logo e aguardo mail cheio de miminhos, mereço...amo ti rapaz, meu rapaz filhote...
Rafeiro, mas a de casamentos e arranjinhos também
Laura, já te envio, logo, logo
Quiçá, mais uma possessa do Demo... :)
Abraço.
é, vida de mulher né fácil não. rs.
bjosss...
Esta história é um bocadinho triste, não é?
Muitos cumprimentos.
Rode, que bom ver vc lá em casa, será um prazer te-lo sempre no Pimenta.
Fiquei fora um tempo, voltei e estou feliz pelo regresso.
Bjs.
O mundo blogueiro é vasto mesmo....passei em um blog amigo e achei o seu....conteudo..poesias...noticias....
blog q te faz voltar sempre...participar....
parabens pelo conteudo aqui apresentado.....
abraços
Philip Rangel
Fez-me rir o teu texto...principalmente a parte final...Aptece mesmo mandar o marido...até um sitio qualquer menos digno...
Muito bom o texto...adorei lê-lo
Um beijo doce
Esse é um aspecto da rotina feminina. A mulher da narrativa parece dedicar-se exclusivamente à casa. E aquelas que além de trabalharem fora tem que dar conta de administrar uma casa, a educação do filho e milhares de outros afazeres do cotidiano? Essas múltiplas jornadas são as que não aparecem e que ninguém valoriza. “Só se olha uma casa ou a educação de uma criança se tudo estiver fora do lugar”. Mas muitos não dão valor a essa rotina tão corriqueira, mas necessária. Se paras e ajuda a tua esposa, com certeza não te enquadras no senso comum que é achar que dar conta dessa das tarefas domésticas não é mais que obrigação.
Beijos.
PS: A atualização já está aparecendo.
Oi Roderick.
Imagino o olhar que ela lançou ao marido. Ele teve muita sorte por ela estar cansada e adormecer... :-)
♥.·:*¨¨*:·.♥ Beijos mil! :-) ♥.·:*¨¨*:·.♥
Ahahahah, so podem Lord, só podem!!!!
Nanda, vida de homem, também não!!
Dona Tela, a vida é um bocadinho triste, mas nós é que temos de fazer algo para alegrá-la
Rose, bem vinda, também, a esta casa. As portas estão sempre abertas.
Beijo
Obrigado Philip, já passo pelo teu!
Pois é Jade, só a pobre coitada do conto é que não achou graça. eheheheh
B. a mulher do conto trabalha fora! No início dou a entender isso! beijos
Sorriso, se ainda tivesse forças colocava-o a dormir na sala!
A Bat não é de dar essas mancadas, mas ela é uma morcega cega que não faz uma leitura produtiva à noite. Já disse a ela para não comentar textos à noite já que ela não gosta dos óculos quando está no computador.
Malandra da Bat! Tenho de lhe oferecer uns oculos. eheheh
beijocas
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